CIÊNCIAS COMPORTAMENTAIS

De acordo com a pesquisa britânica Royal Society, publicada pela Bloomberg, uma das profissões do futuro de acordo com o impacto da economia na próxima década é a do Cientista Comportamental:

Ciências comportamentais é o termo utilizado para o campo de estudo multidisciplinar que busca entender como as pessoas tomam decisões e se comportam, e que fatores influenciam isto de uma forma sistemática.

Abrange estudos das áreas de economia comportamental, psicologia cognitiva e comportamental, neurociências, sociologia, antropologia, biologia evolutiva, linguística, etc. Tem uma vertente muito prática, voltada a estudar as escolhas a partir da observação empírica, e propor intervenções com base nisso.

Um cientista comportamental une-se ao ferramental do design centrado no usuário e a métodos qualitativos e quantitativos para poder aplicar seus insights e testar o que funciona no contexto específico.

Este é o conjunto de habilidades que irá tansformar sua carreira e seus negócios.

ENGENHARIA COMPORTAMENTAL

A Engenharia Comportamental, também conhecida como Design Comportamental, é um campo interdisciplinar que combina princípios da psicologia, economia e outras disciplinas para entender e influenciar o comportamento humano. Essa abordagem busca aplicar insights sobre como as pessoas tomam decisões e se comportam para projetar ambientes, sistemas e intervenções que incentivem comportamentos desejados.

Em outras palavras, a Engenharia Comportamental se concentra em criar estratégias e intervenções que levem as pessoas a fazerem escolhas que se alinhem com seus próprios objetivos ou com objetivos sociais, como economizar dinheiro, adotar hábitos saudáveis, reduzir o consumo de energia, entre outros.

Alguns conceitos-chave da Engenharia Comportamental incluem:

Viéses Cognitivos: São padrões sistemáticos de desvio do pensamento lógico, muitas vezes influenciando nossas decisões de maneira previsível. Entender esses viéses é essencial para projetar intervenções eficazes.
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Arquitetura de Escolha: Refere-se a como as escolhas são apresentadas e estruturadas para influenciar o resultado. Pequenas mudanças na forma como as opções são apresentadas podem ter um impacto significativo nas decisões das pessoas.
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Nudging: Envolve dar um empurrãozinho sutil (nudge, em inglês) para direcionar as pessoas em direção a escolhas melhores ou mais desejadas. Isso pode envolver alterações sutis no ambiente ou nas opções disponíveis.
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Teoria da Perspectiva: Examina como as pessoas avaliam e tomam decisões sob risco e incerteza, considerando tanto aspectos racionais quanto emocionais.
Incentivos e Recompensas: Compreende a forma como incentivos, recompensas e penalidades podem influenciar o comportamento humano, incentivando a adoção de ações desejadas.
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A Engenharia Comportamental tem aplicações em diversas áreas, como saúde pública, finanças, educação, marketing e políticas públicas. Seu objetivo é criar ambientes e sistemas que ajudem as pessoas a fazerem escolhas melhores e mais alinhadas com seus objetivos, sem necessariamente impor restrições ou proibições. Em vez disso, ela trabalha com a compreensão das motivações humanas para criar um impacto positivo no comportamento.

MODELAGEM COMPORTAMENTAL

A modelagem comportamental consiste em reforçar as aproximações sucessivas tendo por fim um comportamento desejado, sendo por isso a modelagem também chama da “método das aproximações sucessivas” é o método pelo qual através do reforçamento positivo instalam-se novas respostas por meio de um processo gradativo de aprendizagem tendo como objetivo um comportamento terminal.

De acordo com SKINNER (2003, p.103) “assim, o comportamento é fracionado para facilitar a análise. Estas partes são as unidades que consideramos e cujas freqüências desempenham um importante papel na busca das leis do comportamento”.

Segundo WHALEY e MALOTT (1980, p.96) “através de um processo gradual, as respostas que se assemelham cada vez mais ao comportamento terminal são, sucessivamente, condicionadas até que o próprio comportamento terminal seja condicionado”. Assim na modelagem há o comportamento inicial, há o(s) comportamento(s) intermediário(s) que são modelados pelo reforçamento positivo e há o comportamento terminal que é o estabelecido pelo experimentador e, segundo WHALEY e MALOTT (1980, p.97) “estes comportamentos pertencem a uma mesma classe de respostas”.

A continuidade do comportamento é feita na fase da modelagem, aonde o pesquisador modela o sujeito, de acordo com as respostas que deseja obter do sujeito e durante a modelagem, o reforço além de fortalecer uma resposta particular, também aumenta a probabilidade de ocorrência de resposta em situações aproximadas.

Citando SKINNER (2003, p.101) “o condicionamento operante modela o comportamento como o escultor modela a argila. […] No mesmo sentido, um operante não é algo que surja totalmente desenvolvido no comportamento do organismo. É o resultado de um contínuo processo de modelagens”.

inteligência comportamental

Inteligência Comportamental é a aplicação de competências e habilidades para explicar com precisão comportamentos existentes, prever comportamentos futuros, influenciar o comportamento de outras pessoas e controlar seu próprio comportamento.
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A inteligência comportamental refere-se à capacidade de combinar inteligência cognitiva, inteligência emocional e contexto para…

Explicar os comportamentos existentes
Prever comportamentos futuros
Influenciar o comportamento

Em um sentido mais amplo, a Inteligência Comportamental permite que organizações e indivíduos ativem a melhor versão de si mesmos, construam capacidades dinâmicas e se tornem eficazes na realização de metas individuais e organizacionais.

marketing comportamental

Como o nome sugere, o marketing comportamental é uma técnica de marketing que analisa o comportamento online dos clientes para fornecer conteúdo personalizado. Esta estratégia visa compreender as necessidades e interesses do cliente para apresentar ofertas relevantes e com maior probabilidade de serem aceites.
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Ao aproveitar dados e análises de clientes, as empresas usam o marketing comportamental para fornecer um nível de personalização que a publicidade tradicional não consegue igualar.
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Ao analisar o que os clientes procuram, os produtos que colocam nos carrinhos de compras, as páginas que visualizam e o conteúdo com o qual interagem, os profissionais de marketing podem obter informações valiosas para criar campanhas de marketing mais eficazes.
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Esses dados também permitem que as empresas descubram padrões de comportamento do cliente e personalizem sua abordagem de acordo.
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Essa abordagem resulta em taxas de conversão mais altas e melhor retenção de clientes, pois será mais provável que os clientes vejam ofertas ou conteúdos de interesse genuíno. Além disso, esses anúncios têm mais facilidade para transmitir sua mensagem sem se esforçar muito para chamar a atenção do cliente.

Vieses E Heurísticas

Os animais vertebrados são conhecidos por tomar

diariamente dezenas de decisões cruciais em suas vidas: quando  descansar, com quem se relacionar, quando fugir ou não, que  significado tem um estímulo visual… Tudo isso cai dentro do  repertório de pequenos dilemas cotidianos cuja resolução é uma  consequência inevitável de viver em ambientes complexos.

Além disso, quando o animal vertebrado em questão é o homo  sapiens da sociedade moderna, essas decisões são multiplicadas e  se tornam ondas maciças de questões que requerem a nossa  atenção: como votar, onde procurar trabalho, etc. Existem muitas  perguntas, mas nem todas são fáceis de responder, algumas  conseguimos resolver facilmente sem ter um colapso nervoso.

Como isso pode ser explicado? A resposta é que nós não  resolvemos imediatamente todos os problemas à medida que  enfrentamos, nós usamos atalhos mentais chamados heurístic

O que é uma heurística?

Na psicologia, uma heurística é uma regra em que o  inconsciente reformula um problema e o transforma  em um mais simples, que pode ser resolvido  facilmente, quase que automaticamente, ou seja, é  uma espécie de truque que a mente usa para facilitar  as tomadas de decisões.

É comum o uso de heurística?

Parece que é muito comum. Quando se decide não  gastar todo o esforço que se precisa, há ali um traço  de heurísticas. Isto significa basicamente que uma  grande parte dos nossos processos mentais é guiada  discretamente por essa lógica. Uma das maneiras que  se podem usar atalhos mentais é ao lidar com uma  realidade onde nos faltam dados.

Em qualquer caso, o estado de heurística tem muito  ainda pra ser explorado. A diversidade de situações  em que pode ser aplicado um atalho mental é  praticamente infinita, e as consequências de seguir ou  não uma heurística também parecem ser importantes.  Embora o nosso cérebro seja projetado como um  labirinto onde a nossa mente consciente geralmente  fica perdida em mil operações detalhadas, nosso  inconsciente aprendeu a descobrir e explorar muitas  das passagens secretas que permanecem um mistério  para nós.

Vieses são advindos de vários processos que são, em muitos casos, de difícil distinção. Esses incluem atalhos no processamento de informação (heurística), falta de clareza mental e a capacidade limitada da mente ao processar informações, ou até mesmo influência social.

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